terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ASSEMBLÉIA NA MARCENARIA


Contam que, em uma marcenaria, houve
uma estranha assembléia.
Foi uma reunião onde
as ferramentas juntaram-se
para acertar suas diferenças.
Um martelo estava exercendo a presidência,
mas os participantes exigiram
que ele renunciasse.
A causa?
Fazia demasiado barulho e além do mais,
passava todo tempo golpeando.

O martelo aceitou sua culpa,
mas pediu que também fosse expulso
o parafuso, alegando que ele dava
muitas voltas para conseguir algo.
Diante do ataque o parafuso
concordou, mas por sua vez pediu
a expulsão da lixa.
Disse que ela era muito áspera no tratamento
com os demais, entrando sempre em atritos.

A lixa acatou, com a condição de que
se expulsasse o metro, que sempre media
os outros segundo a sua medida,
como se fosse o único perfeito.
Nesse momento entrou o marceneiro,
juntou todos e iniciou o seu trabalho.
Utilizou o martelo, a lixa,
o metro, o parafuso...

Quando o marceneiro foi embora,
as ferramentas voltaram à discussão.
E a rústica madeira se
converteu em belos móveis.
Mas o serrote adiantou-se e disse:
  Senhores, ficou
demonstrado que temos
defeitos, mas o marceneiro
trabalha com nossas qualidades,
ressaltando nossos pontos valiosos...
Portanto, em vez de pensar em nossas
fraquezas, devemos nos concentrar
em nossos pontos fortes.

Então a assembléia entendeu
que o martelo era forte,
o parafuso unia e dava força,
a lixa era especial para limpar
e afinar asperezas,
e o metro era preciso e exato.
e uma grande alegria tomou conta de todos
pela oportunidade de trabalharem juntos.
Sentiram-se como uma equipe, capaz de
produzir com qualidade.

O mesmo ocorre com os
seres humanos.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra,
a situação torna-se tensa e negativa.
Ao contrário, quando se busca com sinceridade os
pontos fortes dos outros, florescem as melhores
conquistas humanas.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CARROÇA VAZIA

Certo dia, o pai caminhava pelo bosque com o filho e de repente disse: Vem vindo uma carroça.
O menino, surpreso, disse-lhe: Escuto o barulho do vento nas folhas das árvores, o canto dos pássaros, mas não ouço nenhuma carroça.
Tente apurar os ouvidos e veja se consegue escutar, disse o pai.
E o menino, após alguns segundos de concentração, finalmente escutou: Sim, pai, ouço o barulho de uma carroça. 

Muito bem, é o barulho de uma carroça vazia-afirmou o pai. 
O menino ficou mais uma vez surpreso.
Como o pai podia saber, que a carroça estava vazia, sem ao menos vê-la?
E perguntou-lhe: Como o senhor pode saber, que está vazia?
É fácil perceber, pelo barulho que ela faz, respondeu o pai.
Quanto mais vazia, maior é o barulho.
Assim são também as pessoas, meu filho.
Quanto mais falam, mais agridem os outros e não param para escutar, mais vazias são.
O menino cresceu e levou consigo este importante ensinamento: Fale pouco, ouça mais, aprenda sempre.
Mantenha o equilíbrio e a serenidade em qualquer situação.

Cuidado para não ser uma carroça vazia.